quinta-feira, 19 de julho de 2012

Casa de Javi, Raquel e Aridt, Barcelona
Hiato


"Nos, que somos tão bons quanto você,  juramos a você, que não é melhor que nós, que lhe aceitaremos como nosso rei e senhor soberano, contando que você respeite todas as nossas leis e costumes. Se não, não."

Este é o juramento que os catalões (e aragoneses) juravam para a coroa espanhola em Madri. É um exemplo representativo do sentimento de independência e excepcionalismo local que caracterizava e caracteriza a catalúnia, e a chave para entender a sua história. Muito precocemente, no século XIII, os catalões formaram um proto-governo representativo, cujo orgão deliberativo era  por uma centena da cidadãos de todas as classes sociais, nomeados pelo potentado local, os 'Cent' na língua local (que soa bastante como português de Portugal). A noção de um governo cujo poder deriva do consentimento dos governados, e não da vontade divina, é  profundamente arraigada na cultura local, razão pela qual a Catalúnia, e sua capital Barcelona em particular, sempre foram baluartes do sentimento republicano, anarquista e outros -istas.

Toda esta digressão histórica é para dizer que estou bem hospedado em uma casa de amigos situada na Praça del Cent, em rua homônima. Estou aqui para participar de mais um congresso de neurociência (a FENS, falando sobre redes neuronais desta vez).  Passei 2 3 4 dias sem postar não por falta do que dizer, mas por falta de tempo para dize-lo: Essencialmente, quando não estou no congresso assistindo a algo interessante, estou na cidade pedalando por, fotografando ou visitando algum ponto local de interesse. A combinação de um congresso instigante, uma cidade que parece infinitamente fascinante, e os hábitos noturnos dos locais (e, por consequência, de seus estabelecimentos comerciais) me deixa muito pouco tempo para dormir, quanto mais postar no blog.

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