sábado, 14 de fevereiro de 2009

Rodoviária, São Paulo Vida de Hobbit III

O Nova Física terminou hoje de tarde (de manhã, tivemos uma sessão com o inesquecivel nome de ´O setor escuro da gravitação´), e vim para São Paulo para uma femtovisita. Cheguei de tarde, fui na livraria Cultura, jantei kebab com o Fernando e sushi com o André e o Kosta. O jogo de Cthulhu ontem teve desfecho trágico: A Stella ficou insana e se juntou aos cultistas, e o Sandro e a Mariana tiveram que fugir da cidade, após tacarem fogo em um museu local cheio de preciosas antiguidades.

Saio de São Paulo sem ter incendiado qualquer museu ou item do patrimônio histórico digno de nota. Algo para se orgulhar!

Continue lendo...>>

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Hotel Leão da Montanha, Campos do Jordão
A demanda pelos campos do Jordão

Estou em Campos do Jordão, SP, para outro encontro 'Nova Física do Espaço' (é o 8o, dentre os quais estive em 4). Por alguma razão, as minhas viagens até aqui costumam ser um tanto tribuladas. Desta vez, não tive que imprimir um novo poster em Taubaté ou recuperar minhas chaves em uma suposta boca de fumo/sauna gay. Mas por pouco, muito pouco, não acabei indo para Aguas de Lindóia por engano. É fácil de confundir as duas cidades: ambas ficam em São Paulo e sediam eventos científicos que costumo frequentar (no caso de AdL, o Encontro Brasileiro de Física de Partículas e Campos). De qualquer maneira, passei uns 10 minutos me informando, na rodoviária do Rio, sobre onde comprar uma passagem para AdL, e só depois de ser informado dos horários me dei conta que devia ir para outro lugar.

Pensando bem, os meus problemas em viagens para Campos do Jordão sempre porque esqueço alguma coisa: Meu poster, minhas chaves, ou o nome da cidade para onde estou indo.

Um fenômeno bastante comum em encontros científicos é a profusão de palestrantes terminando suas apresentações durante o próprio encontro, as vezes até poucos minutos antes da palestra. Eu certamente faço isso com frequencia. Mas desta vez decidi inovar, e terminei o *trabalho* que ia apresentar nos onibus (Rio->SP e SP->CdJ). Uma hora antes de chegar em CdJ, finalmente provei uma conjectura geométrica que precisava para calcular o último número que fecha o trabalho (é um trabalho bastante simples, felizmente). Então fui dormir um pouco. Cheguei no hotel as 9, terminei a apresentação rapidamente, e fiz minha apresentação ao meio dia. E fui dormir um pouco em um sofá, porque o *&^*#& do meu colega de quarto desaparecera com a chave. De resto, foi um dia agradável, com algumas palestras interessantes. Fomos mais tarde ao Baden Baden, onde o Nelson [professor do CBPF], um tanto chocado, descobriu que dois de seus alunos de doutorado (e dois ex-alunos do seu curso de cosmologia) jogavam RPG*.

Por último, fiquei sabendo recentemente que não são os únicos estudiosos do Universo a se reunir nesta cidade. Por exemplo:

Nos dias 25 a 27 de maio, o Centro Integrado Yoga Sandri vai promover o Darshan II – Jornada Além do Ego, em Campos do Jordão (SP). Com o tema “Yoga Milenar e a Física Quântica. Sua vida e a consciência quântica [...]”
Parece picaretagem? Nããão....
Dentre os destaques, o Darshan terá neste ano Harbans Arora, físico nuclear, especializado em física quântica, professor de yoga e terapeuta quântico, [...]
Pois é. Com um 'especialista em física quântica' no evento, a coisa é obviamente da mais alta seriedade.


______________________________
* Um fato notável deste congresso é a presença de metade do meu grupo de RPG no Rio; Sandro; Mariana e Stella estão aqui apresentando trabalhos vários. Devemos jogar Crhulhu hoje a noite.

Continue lendo...>>

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Casa, Rio de Janeiro
Sobre a arte de encher linguiças II


É vergonhoso, mas este blog está em ritmo de repartição pública na vespera de feriado. Estou enrolando a várias semanas um post sobre Gaza, e devia ter escrito algo sobre a eleição no Iraque. Para não deixar o blog as moscas, mas permanecendo fiel ao espirito coçebo-festivo apropriado à quase-véspera de carnaval, reposto abaixo alguns comentários que fiz no Harry's Place.

Sobre os assentamentos na Cisjordânia:


There was a moral imperative for the establishment of a Jewish state in the Jewish ancestral homeland. There is, likewise, an imperative for the creation of a Palestinian state alongside it, for similar reasons. Nebulous claims about collective guilt, or general nastiness on the part of the Arabs, are really no argument for depriving Palestinians yet unborn of a homeland and the opportunity to be free and prosperous. More serious objections could be raised, pointing to the criminally incompetent and often genocidal Palestinian leadership, or the noxious political culture they engendered. But while these factors make it much harder to fulfill the Palestinian national aspirations without compromising the Israelis’ right to live in peace, or even to live at all (and certainly make the fulfilling of such aspirations much less likely; history is not usually guided by fairness), they do not negate the basic imperative of a prosecuted and homeless people to an independent homeland. This can’t happen if land in WB continues to be unilaterally taken over by settlements, under whichever pretext. In the same way that land west of the 49 armistice line should in all fairness be considered Israeli (even though some of it was unfairly taken from Palestinians), the WB and Gaza should be regarded, today, as Palestinian land (except for any eventual land swaps mutually agreed). Likewise, Jewish refugees from 1949 should likewise seek redress on the free and prosperous state they managed to build since then, instead of on some ancestral hilltop surrounded by, and in the detriment of, people who probably had no personal involvement in their dispossession, and are also in need of a piece of land of their own.

From a purely Israeli strategical point of view, the settlements in the WB have been bad in more than one way. They have forced the IDF to garrison and defend a cluster of far-flung settlements surrounded by a hostile population, and to devote considerable effort to controlling said population (greatly inconveniencing them in the process), to the detriment of at least some of its war fighting skills. A more serious drawback, perhaps, is the moral degradation that comes from lording over a people against their wishes. This holds true regardless of whether the occupation is necessary or not, and is manifest both within the IDF and in the broader Israeli society. For instance, the creation of illegal (by Israeli law) settlements, and the state repeated failure to remove them, not only weakens the country’s negotiating clout, it also severely erode the (of course imperfect, but quite real) rule of law which is one of its greatest assets.

At this point, it is useful to decouple the concepts of occupation, and that of settlement-building. While it is true that since the 2nd Intifada having troops at the WB has helped keep Israel reasonably safe from suicide bombers and rockets coming from there, it is also true that the presence of the settlements themselves did nothing of this sort, and in no way contributed to the safety of Israel or Israelis.

I’m not saying that removing (all, most or some, as per agreement) settlements, ending the occupation and establishing a Palestinian state should or could be done today, only that it should be done, for both moral and practical reasons. It can’t happen without a change in the way Palestinian groups think and operate, but it also can’t happen if the Israeli government and society are not committed to this process as an strategic goal.

There are, moreover, some positive steps Israel can take, immediately and unilaterally, with no detriment to its security or negotiating position. At a minimum, it should not build new legal settlements, and enforce Israeli law with regard to illegal ones, and also with respect ot the treatment of Palestinians. Secondly, and more broadly, rewarding Palestinian restraint and constructive engagement should figure as much as a priority as fighting and deterring Palestinian terrorism.


Sobre o Hamas:


I don’t presume to tell the Palestinians what to do (well, I do, actually, but don’t expect them to pay any attention to me). But let me point out that Hamas has a program, very clearly enunciated and reiterated by word and deed*, and it not a 2-state solution. In fact, Hamas gained notoriety by waging relentless war against a peace process that had a 2SS as an end goal, and managed to attract the support of every rejectionist group and faction in the Middle East as a result. While an alternative Palestinian program does not emerge, no amount of support, marches and outrage will lead to a negotiated Palestinian state. This is not a judgment on the justness of the cause, it is just a statement of fact.

As for whether ‘Israel’ wants a two state solution, I’m not sure if it makes more sense to talk about what Israel wants than to talk about what Palestine wants. But my support of a 2SS is not predicated on Israelis as one just waiting for the rockets to stop to gladly hand a state to the Palestinians. A proper ‘program’ with that goal in mind would seek to decrease the benefits Israel accrues for continuing the occupation, while at the same time increasing the prospective benefits of ending it. Unfortunately, what Hamas and its enablers and fellow travellers have done is the exact opposite.


e


The Palestinians can do whatever they like. Some choices might lead to an independent state, others won’t. Throughout the past 100 years or so they’ve been cursed with abysmal leadership that has consistently made lousy strategic choices, as far as Palestinian self-interest is concerned. I’m not talking here about the morality of said choices; I’m simply stating the self-evident fact that they have not led to the fulfillment of the Palestinian strategic goal, the creation of the state of Palestine.

As for my side, or the side either of us have “some degree of influence over”, Hamas (or the IDF) to my knowledge is not attacking or threatening to attack Brazil, which has in any case zero influence in the ME. As for Britain, its influence with Israel is quite minimal. However, as part of the EU, it does have in theory some significant leverage over Hamas, as it is the prime contributor to the UNRWA budget, and is set to pay through the nose for Gaza’s reconstruction. I would say, in fact, that Hamas is aware of this fact, which partially explains why it is sounding more quasi-conciliatory now, after being so radicalized by the last war, than it had been in years.

Some of Hamas’ leaders have talked about a long term truce after they get the WB and Gaza, and after refugees return to a country which existence they rule-out ever recognizing, but can’t at the moment destroy. They’ve also talked, far more often, of victory over the Jews and of turning Gaza into a cemetery for the Zionists. The IDF decided to call their bluff on that instead. Go figure.

Hamas’ democratic credentials and supposed good faith have been discussed at length here in HP, and I won’t rehash the argument yet again. But I find ridiculous the notion that allowing a islamist statelet in Gaza, funded by someone else’s money, to flourish and arm itself, would be conductive to peace. After being allowed to do the same in the West Bank, Hamas kind of suggests it might promise, a long-term truce will come into being. Why won’t Israel call that bluff?

About atrocities, even if you descend to the inane level of doing body counting as a proxy for moral judgment, suicide bombing inside Israel still has probably killed more civilians than the Gaza war, but I guess the numbers ought to be close. One or two more iterations of this, however, and the situation will change. Which is why avoiding such wars ought to be paramount. I don’t think making concessions to Hamas and letting it rearm would have prevented this war, or will prevent the next. You would likely have rockets falling in Tel Aviv (and perhaps a more proportionate death toll), and a harsher Israeli response. Note, however, that there would not have been a war had the Israeli not left Gaza. This last point is important, because the Israeli government has oscillated between wanting to appropriate all land in the occupied territories and pretend to talk peace, and appropriating just a bit and wanting to talk peace. I don’t like this any more than you do, but note that after the Sinai, Israel has never lost anything significant by holding on to land, and was always attacked when relinquishing it.

___________________
* Compared to which a handful of interviews that kind of sound indirectly near concialiatory, with exactly zero deeds to match the rethoric, seems like small potatoes.

Continue lendo...>>

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Casa, Belo Horizonte
Está a brincar, Sr. Gell-Mann!

IMG_0053
Considere o arame que prende a rolha em uma garrafa de champagne.

O Gell-Mann é de fato um velhinho muito simpático. Pelo menos foi conosco, estudantes do CSSS. Deu duas palestras no último fim de semana da escola, e, assim como os demais professores, ele e a esposa faziam suas refeições com a gente sem frescuras, e batiam um papo amigável.

IMG_0054
Fechando um dos olhos, e olhando fixamente através do eixo principal, notamos dois círculos concetricos...

Ele agora está semi-aposentado, estudando literalmente o que lhe dá na telha lá em Santa Fé. A sua esposa, apesar de uma primeira impressão um tanto intimidante, também é gente boa. Ela aparentemente é uma costureira/designer de moda de certo renome, e origens aristocráticas. Nos contou sobre quando, por razões convolutas demais para que eu me lembre, ficou encarregada de receber diversos cardeais (e, eventualmente, o Papa) em uma mansão ou algo do gênero na Itália. Os cardeais invariavelmente pediam ou algum tipo de droga (analgésicos e barbitúricos, acho), ou bebida; um deles chegou com uma maleta cheia de dinheiro. Pelo menos nenhum pediu coroinhas...

IMG_0059
... Com alguma concentração, é possível convencer nosso cérebro que o círculo
que na realidade está mais distante está mais próximo.

Humberto, o Gell-Mann continua sim obcecado por etimologia, e com a pronuncia das palavras. Ele não corrigiu o meu português, mas ficou bastante curioso quando eu disse que ele tinha um sotaque carioca (ele não fala português, mas conhece algumas palavras. Alias, ele conhece algumas palavras em todas as línguas conhecidas, incluindo !Kang). Viajamos um pouco ao tentar imaginar a origem das diferenças de pronuncia entre Minas e Rio. Ele também é um observador de pássaros; aprendi mais do que jamais quis saber sobre o Pica-Pau de Magalhães. No penúltimo dia no Edelweiss, eles saíram em excursão ornitológica pelas margens do Nahuel Huapi.

IMG_0055
Convencidos que o círculo mais distante é o mais próximo, rodamos levemente o arame...

Gell-Mann também é um ateu fervoroso. O que não o impede de saber minúcias sobre
diversas religiões. Será que Deus prescinde de causalidade, e age somente de forma auto-consistente? Mas a comida chegou antes que pudessemos responder esta pergunta.

IMG_0064
... o arame vai aparentemente rodar na direção contrária!

Continue lendo...>>

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Casa, Belo Horizonte
Sobre a arte de encher linguiça


Cheguei vivo e bem ao Brasil, e estou agora em Belo Horizonte, matando saudades da minha família (mas principalmente do Gabriel!). Viajar cansa; mas cuidar de um moleque hiperativo de 2 anos cansa mais. Estive portanto sem muito tempo e/ou energia para postar decentemente nos últimos dias. Tenho um post semi-escrito sobre a volta do Chile, e outro sobre como é jantar com os Gell-Mann; mas acho que vão ficar para depois do Natal. Mas aproveito para postar aqui algumas fotos legais de Bariloche. Subi todas as fotos para o Flickr, para quem tiver interesse e paciência para conferir.

IMG_1926

O sol se pondo visto do Hotel Tuquenlen ilumina o topo da montanha. Existe um impressionante nome multisilábico em alemão para este fenômeno, para quem estiver disposto a procurar no google.

IMG_1922
+ montanhas.

IMG_1887
Um banco de neve que alimenta o lago glacial no refúgio Frey....

IMG_1827
...onde resolvemos dar um mergulho. Os dedos do pé doiam de frio

IMG_0147
Uma geleira no (acho) monte Tronador

IMG_0213
O vulcão Osorno (o nome quer dizer ´onde vive o diabo´) coberto de nuvens, no Chile

IMG_0133
Esta peculiar árvore cresce próximo à fronteira Argentina-Chile. Meus colegas ecólogos na CSSS contam que ela é uma relíquia paleozóica, e de fato não é difícil imaginar uns Ichtyostegas tomando sol por perto . Ela é, de qualquer maneira, muito estranha...

IMG_0130
...ainda mais quando vista de perto. Note como os ramos se penta-furcam simetricamente, perpendiculares ao caule. O padrão se repete fractalmente por mais uma ou duas escalas. Os ramos se afinam após cada pentafurcação, o que é consistente com a preservação da seção reta (o que deixaria o Jeffrey West muito feliz, creio)

Continue lendo...>>

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Aeropuerto de los Hermanitos del Sur, Buenos Aires, Argentina

Ontem percolei de volta de Port Montt, Chile, até Bariloche. Um passeio muito interessante, envolvendo cidades perdidas no interior chileno, comidas típicas, um elefante, vendedores de algas marinhas, carona com um caminhoneiro de Piracicaba, vulcoes inativos e a volta até Bariloche por uma paisagem de faroese. Nao tenho tempo de postar a historia toda agora, mas escreverei um post novo quando chegar no Brasil e dormir 18 horas.

Continue lendo...>>

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Pousada da dona Maria, Port Montt, Chile
La garantia

Chegamos em Port Montt depois de 13 horas de barcos e onibus. Devo dizer que depois de algum tempo, o 4a lago glacial, 6o vulcao inativo e 15o bosque de coniferas começaom a perder o charme. Nos encontramos com os demais CSSSeiros que vieram de onibus (um mexicano, um americano, um colombiano e um argenttino, mais duas catalonas que eles agregaram pelo caminho). Na rodoviaria, existem algumas avozinhas simpaticas que oferecem quartos em casas de familia a um preço irrisório; o seu filho/marido/capanga até pega os hospedes na rodoviaria. No nosso caso, a nossa pousada tem internet (quand conseguimos enxotar o pentelho que fica no MSN o dia inteiro), é limpa, e apresenta uma relaçao bijetiva entre o numero de hospedes e o numero de camas. Obviamente, se uma pessoa randomica me oferecesse uma hospedagem em uma casa nao especificada, mediada por uma carona dada por algum fulano, eu chamaria a policia. Mas aparentemente as coisas sao mais relaxadas aqui em Port Montt... Amanha vou ver o mercado de frutos do mar, e pegar o onibus de volta a Bariloche as 10:00.

Continue lendo...>>

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Hotel Natura, Peulla, Chile
Barreiras alfandegárias



Sai hoje bem de manhã de Bariloche, para fazer Cruce de los lagos até Port Montt no Chile. A ideia é atravessar os Andes de barco usando os lagos glaciares dos dois lados da fronteira, com ônibus ligando um lago ao outro. É um passeio que leva 12 horas ao todo, passando por algumas paisagens bastante espetaculares. Vim com a Yérali, uma venezuelana que também participou do CSSS (e certa vez hospedou o Richard Stallman em Caracas); em Port Montt vamos nos encontrar com outros CSSSeiros que fizeram a rota mais convencional, montanha acima, de ônibus (que tomaremos na volta, amanhã).

A fronteira entre Argentina e Chile por aqui corre exatamente onde as aguas se dividem no Andes. Do lado argentino, elas correm para o Atlântico. Do chileno, para o Pacífico. De ambos os lados, a região é protegida em parques nacionais. Após duas permutações de ônibus e barco, passamos embaixo do Tronador (a maior montanha da região, com uns 3000m de altura), e seguimos por uma trilha em uma rainforest de montanha (sei lá qual o nome disso, mas chove para caramba, e o mato cresce denso). A alfandega/migra é um prédio modesto, mas os chilenos são muito rigorosos a respeito do que deixam entrar no seu país. Spray de cabelo de potência industrial parece ser proibido, porque a diferença entre penteados por aqui e as armaduras capilares usados do lado que deságua no atlântico é radical. Infelizmente, alimentos também são proibidos... Os bastardos confiscaram um salame de cervo defumado que comprei em Bariloche. O chocolate passou, porém.

Paramos por algumas horas em uma cidadezinha chamada Peulla no meio da tal floresta, que tem 300 habitantes, 3^10^9 moscas, e algumas trilhas interessantes. Almoçamos frutos do mar no Natura, que muito civilizadamente tem wifi liberado. Vou tentar subir umas fotos, mas o ônibus que vai até o proximo lago vai chegar logo.

Continue lendo...>>