domingo, 2 de março de 2014

Sala de embarque, Aeroporto, Miami
Turismo acidental, cetáceos e armas de assalto

O plano era ir para Denver. Ainda é. Mas a conexão por São Paulo atrasou por falta de onde estacionar a aeronave em Guarulhos, e fui remanejado. De um um voo que ia para Dallas com uma subsequente conexão menos de 3 horas depois, por um passeio não programado de 14 horas em Miami.

Com meu um novo amigo, um veterinário carioca a caminho de Denver com exatamente o mesmo problema, fui fazer a proverbial limonada viscitudial, manifesta como turismo acidental. Fomos (de táxi) ao aquário local, o Oceanarium, que fica bem próximo da praia onde tive que roubar a minha própria bicicleta. Sem maiores emergências desta vez, vimos vários tipos de mamíferos marinhos fazendo inúmeras piruetas; são shows direcionados principalmente para crianças, e eu seria mais feliz com menos gritaria e as incontáveis pausas para aplausos. Mas há uma elegância inegável na maneira como estes animais se movem e deslizam, como se o mundo fosse feito de quiabo. Eu poderia observá-los por horas...

A alimentação dos tubarões pode soar como excitante e sanguinária. Mas na verdade os tubarões locais são extremamente acomodados, e preferem a comodidade dos peixes dados pelos treinadores ao trabalho de ir atrás de algo que possa eventualmente tentar fugir. Uma iguana havia caído na água, e alternava entre nadar até a margem e se fingir de morta enquanto um peixe maior que o meu braço mordiscava preguiçosamente as suas extremidades, mais para  preservar o seu orgulho próprio do que propriamente para se alimentar. Menos pacíficos, na verdade, eram os pelicanos, que se jogavam sobre a comida alheia e tinham que ser espantados pelas treinadoras com raquetes anti-pássaro.

A iguana foi resgatada por um funcionário com uma rede, sem ferimentos aparentes.





Falando em coisas sanguinárias, vou para Denver para apresentar dois trabalhos no congresso anual da American Physical Society. Um deles é um modelo da dinâmica populacional de infestações de zumbis, onde procuro computar qual seriam as estratégias ótimas para lidar com o problema. Inspirado pelo tema, e pelo tripadvisor, passei uma agradável hora em uma galeria de tiros temática (sim, é uma atração turística), aprendendo a atirar com fuzis, sub-metralhadoras e pistolas. A minha instrutora é uma fuzileira naval reformada (abaixo) com um muque respeitável, que me ensinou os fundamentos de segurança (dedo fora do gatilho exceto quando for atirar, apontar o cano só na direção 'downrange', etc.), e me mostrou como segurar e disparar as várias armas. É um dos poucos lugares no mundo onde é possível disparar armas automáticas e fuzis de assalto de vários tipos (certmente situado no único pais do mundo onde isto é legal). Quando a infestação zumbi ocorrer, estarei mais preparado...



Um comentário:

Fabiano G. Souza disse...

Poxa, Bruno Bonisagus! Dessa vez você se superou com esse estudo de zombies!!!! Depois faço um post resumindo de maneira que pessoas quase normais consigam entender. :)