Sala de embarque, Aeroporto, Miami
Turismo acidental, cetáceos e armas de assalto
O plano era ir para Denver. Ainda é. Mas a conexão por São Paulo atrasou por falta de onde estacionar a aeronave em Guarulhos, e fui remanejado. De um um voo que ia para Dallas com uma subsequente conexão menos de 3 horas depois, por um passeio não programado de 14 horas em Miami.
Com meu um novo amigo, um veterinário carioca a caminho de Denver com exatamente o mesmo problema, fui fazer a proverbial limonada viscitudial, manifesta como turismo acidental. Fomos (de táxi) ao aquário local, o Oceanarium, que fica bem próximo da praia onde tive que roubar a minha própria bicicleta. Sem maiores emergências desta vez, vimos vários tipos de mamíferos marinhos fazendo inúmeras piruetas; são shows direcionados principalmente para crianças, e eu seria mais feliz com menos gritaria e as incontáveis pausas para aplausos. Mas há uma elegância inegável na maneira como estes animais se movem e deslizam, como se o mundo fosse feito de quiabo. Eu poderia observá-los por horas...
A alimentação dos tubarões pode soar como excitante e sanguinária. Mas na verdade os tubarões locais são extremamente acomodados, e preferem a comodidade dos peixes dados pelos treinadores ao trabalho de ir atrás de algo que possa eventualmente tentar fugir. Uma iguana havia caído na água, e alternava entre nadar até a margem e se fingir de morta enquanto um peixe maior que o meu braço mordiscava preguiçosamente as suas extremidades, mais para preservar o seu orgulho próprio do que propriamente para se alimentar. Menos pacíficos, na verdade, eram os pelicanos, que se jogavam sobre a comida alheia e tinham que ser espantados pelas treinadoras com raquetes anti-pássaro.
A iguana foi resgatada por um funcionário com uma rede, sem ferimentos aparentes.
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Falando em coisas sanguinárias, vou para Denver para apresentar dois trabalhos no congresso anual da American Physical Society. Um deles é um modelo da dinâmica populacional de infestações de zumbis, onde procuro computar qual seriam as estratégias ótimas para lidar com o problema. Inspirado pelo tema, e pelo tripadvisor, passei uma agradável hora em uma galeria de tiros temática (sim, é uma atração turística), aprendendo a atirar com fuzis, sub-metralhadoras e pistolas. A minha instrutora é uma fuzileira naval reformada (abaixo) com um muque respeitável, que me ensinou os fundamentos de segurança (dedo fora do gatilho exceto quando for atirar, apontar o cano só na direção 'downrange', etc.), e me mostrou como segurar e disparar as várias armas. É um dos poucos lugares no mundo onde é possível disparar armas automáticas e fuzis de assalto de vários tipos (certmente situado no único pais do mundo onde isto é legal). Quando a infestação zumbi ocorrer, estarei mais preparado...
Um comentário:
Poxa, Bruno Bonisagus! Dessa vez você se superou com esse estudo de zombies!!!! Depois faço um post resumindo de maneira que pessoas quase normais consigam entender. :)
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