sexta-feira, 30 de julho de 2010

NACO, UFRJ, Rio de Janeiro
Tour du Fundão


Ser professor neste semestre aqui na UFRJ foi uma experiência bastante instrutiva. Em particular, a perspectiva do outro lado do quadro negro me faz ver algumas das minhas atitudes durante a graduação com outros (e mais críticos) olhos.

No final, eu acabei desenvolvendo uma relação boa com meus alunos (embora eles ocasionalmente fossem enrolados e chorões; e eu ocasionalmente fosse inflexível com prazos e viajasse na maionese com a matéria). O curso, incluindo exercícios virtuais e questionários, é todo disponibilizado online; como meu meio de comunicação favorito é email, acabei me correspondendo bastante com eles eletronicamente. No final, no meio da rede ad hoc emergente de email, gtalk, orkut, blogs, flickr, twitter e congêneres que estabelecemos, a festa final do semestre que eles organizaram e para a qual gentilmente me convidaram parecia uma relíquia (embora bastante agradável) do século passado.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Casa, Rio de Janeiro
De volta


Estou de volta ao Rio. A viagem de volta passou por três continentes e cruzou dois oceanos. Entre o vôo vindo de Amsterdam e o indo para São Paulo, passei 12 horas mofando no aeroporto em Washington. Mas, entre livros, WiFi, a lojinha do Smithsonian e um Mexicano decente com refil de coca, até que foi uma espera agradável. Até consegui descansar um pouco.

O encontro de Amsterdam (a FENS) foi cientificamente decepcionante, em alguns aspectos. Achei as plenárias e as paralelas bastante menos interessantes (e de interesse bem mais restrito) do que as suas equivalentes nos encontros da SfN (nos EUA). Por outro lado, as sessões de posteres foram animadas e instigantes; e a organização foi impecável.

"Você usa anticorpos?" - me perguntou a representante comercial
"Só os que o meu sistema imunológico produz" - respondi

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aeroporto Schipol, Amsterdam
Você é o passageiro mais interessante que eu entrevistei hoje - ...

... foi o que me disse o policial após a entrevista de segurança pré embarque. De fato, a minha passagem pela segurança deste aeroporto foi um evento social: Conversei amigavelmente sobre o jogo contra a Holanda com o guarda que me revistou, e sobre ciclismo em Amsterdam com o operador do raio-X. Mas foi com o entrevistador que o papo rendeu mais.

Ele começou me perguntando o usual ('Você fez as próprias malas?'; 'Você recebeu algum pacote de estranhos?'), deu sequência com perguntas sobre meu itinerário ('porquê você vai fazer escala em Washington?'). Ao responder esta pergunta, eu obiviamente mencionei que estava viajando para participar de congressos científicos. De neurociência, esclareci. E ele engatou um papo bastante animado sobre as implicações éticas da possibilidade de alterar a personalidade por meio de terapia genética ou drogas. Ficamos uns 10 minutos conversando, enquanto a fila atrás aumentava, e a representante no local da United Airlines olhava o bate papo com crescente impaciencia.

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sábado, 3 de julho de 2010

RAI Convention Centre, Amsterdam
Laranjas azedas

Estou aqui em Amsterdam desde 5a. Já fiz um extenso tour a pé pela cidade (em particular, pela arquitetura moderna na região do porto), e um tour ainda mais extenso de bicicleta, através da região ao norte da cidade, e suas vilas piturescas. Fiz ambas as coisas com o Graham, o meu host muito gente fina no CouchSurfing.

Mas hoje eu vou postar sobre o jogo de ontem...

Eu sai de casa sem saber muito bem onde assistiria o jogo. Eu queria a compania de outros brasileiros, e não somente por temer por minha integridade física se o Brasil ganhasse. Passei por inúmeros bares e resturantes decorados de laranja do chão até o teto; mas não vi nenhum verde e amerelo. Exceto por estes últimos, Amsterdam tinha aquela aparência de cidade fantasma a que estamos acostumados no Brasil em dia de jogo da seleção. Os holandeses levam o futebol a sério.














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