segunda-feira, 21 de junho de 2010

Casa, Rio de Janeiro
Castando a lei de Maxwell-Ampere

Uma definição usável de magia é o conhecimento e manipulação das conexões ocultas que existem na natureza. A premissa fundamental é a existência de uma realidade subjacente, normalmente oculta aos sentidos, que liga objetos e entidades díspares e separadas pelo tempo e espaço*.

Acho que não é dificil adivinhar aonde eu quero chegar. A ciência se enquadra perfeitamente nesta descrição. A diferença, obviamente, entre cientistas e aqueles que acreditam que Harry Potter é um documentário, é que os primeiros aplicam um método sistemático para procurar determinar quais conexões em potencial existem de fato ou são espúrias com base em observações empíricas reproduzíveis, enquanto os segundos criam regras essencialmente arbitrárias e tentam encaixar o mundo em suas espectativas. Mas esta distinção era bastante menos nítida em tempo pré-modernos, e de fato as duas, digamos, tradições, tem origem comum. Um babilônio ou um tupi não teriam qualquer hesitação em chamar a ciência de magia; uma magia singularmente poderosa, poderiam adicionar.

Fonte: neatorama, h/t Gabi


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* Tradicionalmente, as conexões mágicas se encaixam em três categorias: Contagio (i.e., estabelecida pelo contato ou proximidade por algum tempo: um vez juntos, sempre juntos), simpatia (estabelecida pela semelhança: o que parece igual é, no fundo, a mesma coisa. Como os eletrons do Feynman e do Wheeler), e nomes (a coisa e o nome da coisa são a mesma coisa). Note que o clichê usual de um vudu inclui todas as categorias. E se você disser 'Beetlejuice' (ou o nome da Loura do Bonfim) para o espelho 3 vezes eles aparecem...

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