segunda-feira, 24 de março de 2008

Casa, BH
Estandofe Mexicano



Estou aqui em BH, na casa dos meus pais, para o feriado. Na sexta, eu e a Gabriela decidimos cozinhar um jantar Mexicano. Claro, disse para minha mãe que fariamos o jantar, mas esqueci de avisar que seriamos 15...

A cozinha é o melhor lugar da casa


Picando pimentas


Garotas fazendo guacamole


Garotas sendo garotas


PF


Como gafanhotos...

Em nossa defesa, na última foto, devo dizer que já passava das 11 da noite e canibalismo já era discutido abertamente. Mas sobrevivemos todos.

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quarta-feira, 19 de março de 2008

LNAC, Rio de Janeiro
The truth, as always, will be far stranger

O brave new world,

That has such people in't!

Quando eu era pequeno, com uns 10 ou 11 anos, só existiam (na minha presunçosa mente infantil) dois autores que valiam a pena serem lidos: Isaac Asimov e Arthur C. Clarke (Tolkien viria alguns anos depois). De fato, eu era tão conhecido na minha escola por passar meu tempo livre com a cara enfiada em livros de um ou de outro, que quando o Asimov morreu, vários dos meus colegas me ligaram para me dar os pêsames.

Ninguem me ligou até agora para prestar condolências pela morte, ontem, de Arthur C. Clarke. Mas a sensação esquisita, de perder um velho amigo com quem nunca perdi realmente o contato, é a mesma.

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sexta-feira, 14 de março de 2008

Laboratório de Neuroanatomia Comparada da UFRJ, Rio de Janeiro
Dia de falar como um físico

Nós físicos temos um dialeto próprio. Para quem não é da área, as vezes é altamente não-trivial entender o que estamos falando. E não me refiro a efeitos de ordem superior desprezíveis, tais como a mania de engolir letras, palavras ou fragmentos de frases, ou o olhar homicida quando nos perguntam qual o nosso signo. O fato é que, por afinidade natural e por educação, temos uma forma bastante não-canônica de ver o mundo, e de nos comunicar. Todo mundo se lembra de, ou já foi, uma daquelas crianças que perguntam 'Por que?' para tudo. Para as quais cada resposta, ao invés de satisfazer, só aguça mais a curiosidade, e dá origem à uma série recursiva de Por ques, como se naquela ponto do espaço-tempo a criança procurasse um conjunto completo de axiomas que explicasse o Universo.

Pois bem. Imagine esta mesma atitude, reforçada em várias ordens de grandeza por anos de estudo e/ou pesquisa e intenso treinamento matemático, e nutrida por uma certa tendência endogâmica de conversar e conviver com criaturas semelhantes. Pronto; pelo menos como uma aproximação em primeira ordem, o que você tem em mente é um físico.

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quarta-feira, 12 de março de 2008

Casa, Rio de Janeiro
Como enlouquecer uma mulher na cama

Algumas técnicas para quem quer deixar a patroa doidona no leito conjugal:

1 - I see dead people

Quando ela acordar, ignore totalmente a sua presença. Carregue consigo uma foto dela, e fique choramingando em volta da cama: 'Alice*, porque você morreu? Eu não consigo aceitar que você se foi, meu amor, é quase como se você ainda estivesse aqui comigo no quarto. Brrr, que frio!'

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* Supomos aqui para fins ilustrativos que ela se chama Alice e você, Bob

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segunda-feira, 10 de março de 2008

Casa, Rio de Janeiro
Fla-Flu ideológico


Estou muito atolado com a neuroanatomia para postar muito; para não deixar o blog parado demais, vou recauchutando comentários que deixo em blogs alheios. Recentemente, o Pedro Dória escreveu um bom texto sobre os embates retóricos entre esquerda e direita, e sua tendência a se transformar em um fla flu ideológico que não acrescenta nada. Pessoalmente, eu não faço questão de me definir como ‘de esquerda’, ou 'de direita', ou de qualquer outra quiralidade envolvendo dimensões superiores.

Esquerda e direita só fazem sentido como conjuntos de premissas; balizas éticas para entender o mundo. Mas quando toda uma manada de pessoas que se definem como esquerdistas ou direitistas chega exatamente às mesmas conclusões, e quando qualquer desvio se torna heresia, não estamos mais diante de indivíduos ideologicamente próximos tentando entender o mundo que os cerca; mas sim do abandono coletivo da razão em favor de um consenso sectário, invariavelmente burro e simplista.

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