sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Casa, BH
Gone, but not forgotten

Eu já estudei ou visitei alguns departamentos acadêmicos excelentes. Encontrei pesquisa de qualidade, bons professores, equipamentos de ponta, localizações paradisíacas. Mas em termos de pura classe, nenhum supera a física da UFMG. Sexta passada fui ver um seminário (pré-defesa) da Mariana Malard. E foi com grata surpresa que me deparei não só com uma palestra sobre os modelos de Heisenberg e sigma não-linear, mas também com um verdadeiro convescote ocorrendo em paralelo dentro da sala de seminários. Entre um gole e outro de cerveja, os presentes faziam comentários pertinentes, enquanto circulavam biscoitos e salgadinhos.

Qualidade acadêmica pode ser atingida com alguns esforço. Mas classe é algo inato.

Depois do seminário, fomos para a casa da Mari, e eu e o Pará fizemos um jantar discente decente (porque não só de Elma Chips vive o ser humano). Quando as receber postarei as fotos.

UPDATE: Graças ao Pará (nos comentários), clique abaixo para as fotos

Mortos e feridos II
O famoso monte Mauna Homer. No momento da foto, já se ouviam os ruídos do fluxo piroclástico
Não tiramos fotos da comida, mas a cozinha parecia Nova Orleans pós-Katrina
Enquanto meditávamos na sala, a Mari deu um jeito na cozinha

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terça-feira, 14 de agosto de 2007

Casa, Rio de Janeiro
Mais comida


Hoje resolvi fazer um jantar para comemorar o fim iminente da tese. Meu plano original era chamar a comunidade mineira expatriada (CME), mais a Naira (de SP, que se mudou para cá após ser contratada pela Petrobrás), e Vital & Vanilson, que estão hospedados por aqui. A CME, porém, está quase toda viajando (expatriados em segunda ordem?), e só o Thiago pode comparecer.

De qualquer maneira, acabei fazendo mais pratos que o de costume, e a comida saiu tarde (+-11:20), mas acho que ficou bom. O filé com molho e gnocchi de abóbora, em particular, é uma combinação que pretendo repetir. Finalmente, tanto no risoto quanto no gnocchi, troquei o queijo parmesão por pecorino (de ovelha).

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terça-feira, 7 de agosto de 2007

Casa, Rio de Janeiro
Introdução II

Clique aqui para ler a parte I

Eis a segunda parte da introdução. Fernando e Anon, me digam se ainda fica a impressão que manifestaram. Note que estou agora focalizando o problema da topologia cósmica, mas só disse em linhas gerais quais serão os tópicos abordados na tese. Só na parte III (amanhã?) eu apresento as questões que vamos de fato investigar.




Atualmente, existem fortes razões para acreditar que o universo é, em grandes escalas, aproximadamente igual em todos os pontos, e em todas as direções, e bem descrito pela teoria da relatividade geral de Einstein. Neste contexto, a geometria das seções espaciais do espaço-tempo admite diversas topologias diferentes. É muito comum pressupor que esta topologia é sempre a mais simples possível (onde por exemplo toda curva fechada pode ser sempre contraída em um ponto). Mas não há nenhum imperativo observacional ou teórico para tal hipótese. Sabemos que a relatividade, apesar de todos os seus triunfos, também tem limitações. Em particular, como uma teoria geométrica local, ela não fixa como o espaço se conecta globalmente, o que é uma maneira coloquial de dizer que a relatividade determina localmente a geometria, mas não a topologia. Mais do que uma limitação, este fato indica que a topologia cósmica é, possivelmente, a janela para alguma teoria mais fundamental capaz de fixá-la. Em termos observacionais quantitativos, a presença de uma topologia não-trivial para o universo não seria particularmente importante. Mas a sua existência, e natureza exata, seriam as primeiras evidências diretas de uma física transelativística. A questão que se impõe é portanto: o que sabemos, ou podemos descobrir por observações, sobre a topologia cósmica? É uma questão que deve levar em consideração uma característica do estudo do universo como um todo.

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Casa, Rio de Janeiro
Introdução I

Johannes Kepler, quando descobriu as leis do movimento elíptico dos planetas que hoje levam o seu nome, provavelmente já sabia da sua natureza revolucionária. A primeira vista, trocar órbitas circulares por órbitas elípticas pouco excêntricas poderia parecer um ligeiro aprimoramento nos detalhes de uma teoria bem-sucedida. Mas isto representava uma quebra fundamental do paradigma que afirmava ser o movimento dos corpos celestes perfeito (i.e., circular) e imutável, e intrinsecamente diferente dos imperfeitos e transientes movimentos na Terra. Mesmo após a sua contestação por Copérnico, o modelo Ptolomaico, com suas inúmeras categorias de movimentos circulares sobrepostos, era geralmente visto com entusiasmo, como a mais perfeita e precisa descrição do cosmos.

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domingo, 5 de agosto de 2007