B & C B& B, Rio de Janeiro
A comunidade mineira expatriada (exceto pelo Schneider, cujo celular aparentemente faleceu) está aqui em casa. Fiz um macarrão (novidade!) de Chitake & Shimeji com alho poró, soyo e vinho branco. A Maria Flavia trouxe brownies de sobremesa.
Nas ultimas semanas me tornei quase um expecialista no processo eleitoral americano. GOTV, swing states, incubent rule, early ballots, etc.
Nas ultimas duas semanas, estão aparecendo literalmente duzias de pesquisas por dia. Veja aqui e aqui mapas eleitorais com previsão de voto estado a estado. Em resumo, a maior parte dos estados já está definido. O sul e centro oeste é Bush sem discussão. O nordeste e oeste são democratas. Os swing states que ainda estão em jogo ficam em sua maioria na região dos grandes lagos (Iowa, Wisonsin, Minnesota, Ohio; A Pennsylvania já esta quase definida para o Kerry). Além destes, a Florida (sempre) está empatada nas pesquisas, e Novo Mexico e New Hempshire ainda estão na disputa (mas tendem a Bush e Kerry, respectivamente).
Até ontem as pesquisas estavam praticamente empatadas, tanto no voto popular quanto no colégio eleitoral. Em geral, isso tenderia a favorecer a oposição; 2/3 eleitores indecisos tradicionalmente voltam na oposição. Mas nesta eleição o numero de indecisos é minusculo; e dada a excepcionalidade do pleito, o inverso pode acontecer (alguem que esteja indeciso nesta altura do campeonato ou é *muito* alienado, ou *muito* burro, duas caracteristicas de muitos dos eleitores do Bush).
No final das contas, a eleição deve ser definida pelo comparecimento dos eleitores. Nas ultimas eleições presidenciais americanas, pouco menos de metade dos eleitores qualificados votaram (a menor fração em um pais industrializado hoje). Este ano espera-se um comparecimento maior. A questão é quão maior, e quem são os novos eleitores. Ambos os partidos investiram pesado no GOTV (get out the vote); os republicanos tentam mobilizar 4 milhões de evangelicos que não votaram na eleição passada (explicando em parte o apoio do Bush aquela emenda constitucional grotesca proibindo os estados de reconhecer uniões gays). Por outro lado, negros e jovens tendem a votar nos democratas, e milhões deles se registraram para votar pela primeira vez. O voto hispânico também é disputado. No final das contas, tudo depende de quem vai efetivamente comparecer*.
Estou ligeiramente otimista que estes fatores favorecem o Kerry. Quem quer que ganhe, acho que vai ser por uma margem relativamente grande; quem for mais eficiente no GOTV deve ganhar em quase todos os swing states.
Alguns (poucos) links que costumo frequentar:
Comentarios relevantes na revista Slate
Quatro blogs (os dois primeiros politicos, os dois ultimos sobre o Iraque:
Andrew Sullivan, Wonkette, Juan Cole, Healing Iraq
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* To any americans reading this, get off your ass and vote!
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