quinta-feira, 22 de outubro de 2015

McCormick convention center, Chicago
Pegando aviões


Estou em Chicago para mais um SfN. Vim assistir alguns seminarios, apresentar mais um, encontrar pessoas e andar de bicicleta. Mas, para variar, quase não venho.

A historia começa em Miami, 3 anos atrás. Eu estava em uma conexão longa a caminho de Barcelona. Aproveitando a presença na cidade de um amigo que me facultou o uso de seu quarto de hotel, resolvi ir (de bicicleta, obviamente) até uma praia no extremo sul da cidade e, após algumas horas relaxantes, era hora de voltar. Foi quando notei que havia trazido a chave errada, e que não tinha meios de abrir o cadeado que prendia a bicicleta em um poste local. É uma história enrolada, que já contei em outro post. No computo final, consegui, com alguma ajuda de um transeunte, cortar a corrente e afanar a minha própria bicicleta sem ser preso, e continuei minha viagem sem maiores transtornos (usando aqui uma definição um tanto elástica de como se qualifica a magnitude de um transtorno).

A única consequência de longo prazo do contratempo foi que fiquei um tanto paranóico a respeito das chaves do cadeado de minha bicicleta em viagens.

Motivado pela supracitada paranoia, e com um vôo que saia ao meio dia, resolvi aproveitar a manhã para 1) Fazer cópias da única chave do cadeado que consegui localizar; e 2) cortar o cabelo e barba para não ser barrado na alfândega. Deixei portanto o meu molho de chaves no chaveiro, e me dirigi ao barbeiro. Após a intervenção civilizatória deste último, eu obviamente me esqueci completamente das chaves e peguei o ònibus para o fundão (onde prentendia trabalhar um pouco e onde guardo minha bicicleta dobrável). Foi só ao chegar em frente a porta da minha sala que me lembrei das chaves.

Acabei perdendo bastante tempo e dinheiro em um circuito triangular para pegar as chaves, a bicicleta, e o vôo, nesta ordem. Cheguei no aeroporto faltando 4 minutos para o encerramento do checkin. Mas embarquei.

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