No último capítulo do Milliways Lounge Adventure Hour (patrocinado por Nu-down, o protetor solar anti neutrinos*), nosso heroi estava se preparando ir de Philladelphia até Nova York, pegar uma encomenda na ponto norte de Manhattan, e ainda chegar a tempo de pegar o seu vôo de volta para o Brasil. Pois bem; depois de usar quase todo tipo de transporte motorizado terrestre inventado pelo homem (trolley, ônibus, taxi, metrô e trem), conseguir de alguma forma enfiar um PS3 e seus diversos acessórios e penduricalhos na mochila, cheguei no JFK 30 minutos antes do meu vôo partir. Desta vez a sorte não foi camarada, e perdi o dito cujo. Mas consegui embarcar no próximo.
Mal cheguei no Brasil, e e já estou viajando novamente. Estou agora a caminho de Bariloche para a 'Complex Systems Summer School'. Enquanto eu estava nos EUA, a Ceci heroicamente efetuou a mudança (para um outro apartamento, também no Leblon. Loonga história...); cheguei já no apartamento novo, que ainda estava um caos de caixas, livros e roupas espalhados por todos os comodos. Para não dar a Ceci a satisfação de achar que ela é a única que rala nesta família (enquanto eu supostamente fico flanando mundo afora), e dando continuidade à minha tradição de fazer tudo no último segundo possível da última hora inadiável, ontem, após cuidar do Gabriel pela maior parte da manhã, passei o dia de furadeira e martelo na mão. Montei armários,
estantes, prateleiras (estas últímas com a ajuda inestimável do André), e tudo o
mais que Deus colocou nesta terra generosa que possa ser pregado ou encostado em uma parede. Terminamos já de noite, e fomos (eu, André e Naira, já que a Ceci dormia) no Azumi, um japonês hardcore em Copacabana. No final das contas, cheguei em casa 2:30 da manhã, para arrumar a mala, e pegar um taxi até o aeroporto, de onde meu vôo sairia as 7:00...
Estava me sentindo ótimo no avião. Buenos Aires é uma cidade tão geométrica, acho que zzzzzzzzzz....
Acordei com o serviço de bordo, e fiquei alternando surtos de atividade com sonos súbitos, quase catalépticos. Entre cochilos involuntários, notei o seguinte: Do ar, a a Argentina antes dos Andes é extremamente plana, sem muitos cursos d'água visíveis, e com poucas árvores. O terreno é dividido em um padrão abstrato de (suponho) plantações retangulares multicoloridas, margeadas por estradas tronicas formadas por segmentos de retas. A medida que os Andes se aproximam, a planice começa a ser cortada pelo que só posso descrever como estrias, com terreno irregular pontuado de pequenos lagos (muitos deles secos ou quase). O verde só aparece quando estamos chegando em Bariloche, quando os Andes já são visíveis com seus cumes (no momento, esparsamente) nevados. A vegetação aqui em baixo parece ser luxuriante, e o terreno é bastante irregular. Mas aí a aeromoça passa falando para desligar aparelhos eletrônicos. Quando chegar lá em baixo, subo este post.
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