Tagholm, Copenhagen
Navegar é preciso
Bolhas se formando na capital financeira da Europa |
Um destes instrumentos de navegação não precisa de baterias |
O meu roteiro de avião tem a forma de um Y. O ponto central fica em Londres, a perna maior começa no Rio e passa por Lisboa, e as duas outras pernas acabam respectivamente em Newcastle e Copenhagen. Fiz portanto uma conexão sem contratempos em Lisboa, e pousei em Londres. O plano original era me encontrar com a Sarah, mas o vôo, o pouso e a alfândega atrasaram, e tive afinal só algumas poucas horas para matar. Fui para a cidade mesmo assim, andar um pouco pela margem sul do Tâmisa, comer algo e fazer um pouco de mudlarking extemporâneo. Voltei com cacos demais e tempo de menos, mas com um pouco de sorte e correria embarquei para a Dinamarca (EU: 'Excuse me, where is the SAS [Counter]?' POLICIAL PIADISTA (!):' You don't want to find the SAS').
Cheguei aqui por volta da meia noite. O meu host de AirBnB estava no aeroporto, preparando-se para embarcar para Creta, e me deu a chave. O apartamento fica a uns 10km pedalados do aeroporto. Mas meu telefone tinha 2% de bateria, e os gentis bagagistas pelo caminho haviam amassado a coroa de modo que a corrente ficava saltando.
Eu me lembro da época em que estar em uma cidade estranha de madrugada, sem navegação eletrônica e sem um meio de transporte funcional, me deixaria bastante estressado. Porém, sem sentimentalismos pelos velhos tempos, simplesmente inverti a bicicleta e usei o meu alicate desempenante, de modo que o que devia mover se movesse, e o que devia ficar parado parasse. Pendurei então a minha bússula no pescoço e prendi o esboço do meu trajeto no guidom. Com a ajuda de transeuntes ocasionais, cheguei a tempo de tomar banho e dormir.
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