terça-feira, 20 de setembro de 2011

Casa, Rio de Janeiro
Cérebros novos e usados



Fui convidado para dar uma palestra sobre o Cérebro. Nenhum problema com o tema; sou físico, não biólogo, mas acho que tenho coisas relevantes para dizer sobre o assunto. Mas como falar sobre o cérebro para uma turma de crianças de 5 a 6 anos? Em menos de meia hora, devo acrecentar, pois este é o tempo máximo que plausivelmente eu conseguiria manter a atenção deles.

Foi o que fui descobrir hoje de manhã, na escola do Gabriel. No final das contas, eu não precisava me preocupar tanto; foi uma audiencia mais interessada e participativa que a de muitas plateias nominalmente adultas. Uma aluna queria saber porque as sensações tem que todas passar pela medula, outro sabia os nomes dos ossinhos do ouvido interno, e um terceiro queria que eu mostrasse no modelo de plástico que levei onde ficava a substância cinzenta... O Gabriel não parava quieto, e era um dos que mais perguntava e comentava, com uma misturo de orgulho filial e ansiedade para se comunicar que lhe é bem característica.


Hoje a noite cheguei em casa e me deparei com um cartão de agradecimento e um maço de papeis onde as crianças desenharam o que haviam entendido da palestra (a professora anota, embaixo, a descrição nas palavras dos autores). Nem menciono o chocolate que ganhei deles mais cedo. Uma palestra muito bem remunerada, eu diria.

2 comentários:

Leo Diagonal disse...

muito bom!

Pedro disse...

o chocolate estava gostoso mesmo! boa!