domingo, 27 de fevereiro de 2011

Casa, Rio de Janeiro
Et tu Galyna?


Se até a enfermeira ucraniana peituda abandonou o Kadafi, o fim realmente deve estar próximo.

Estou meio obsecado com todas estas revoluções no Oriente Médio e adjacencias. Acho que consigo desenhar de cabeça um mapa razoavelmente preciso da Libia no momento, com areas de influencia tribal e oleodutos indicados. Eu só fiquei sabendo que os Oscares sairiam hoje devido a uma chamada no intervalo comercial da CNN.

Seguindo nesta linha, nesta 4a fui em um lugar chamado 'Midrash' para assistir uma palestra sobre 'O Oriente Médio e a revolução egipcia'; informativa, mas atropelada pelas notícias mais recentes vindas da Líbia. O mais interessante, porém, foi a roda de discussão que se formou depois, já na rua, e que incluiu um professor de sociologia, o rabino local, uma senhora cuja família foi expulsa de Alexandria pelo Nasser após a nacionalização do canal, e a Renata Malkes, da editoria internacional dO Globo (que eu só conhecia de Facebook). Nunca subestime o poder da serendipidade...

O fato é que enteder o que está acontecendo já é difícil o bastante; previsões então são pouco mais que meteorologia política. Pode chover, pode fazer sol. Tragam guarda-chuvas. Em relação ao Egito, o esboço histórico mais claro que li é esta monografia. A situação na Líbia é fluida demais para qualquer análise comparável; mas é sempre útil procurar saber, na medida do possível, como andavam as coisas por lá quando o Saif Kadafi ainda parecia são. Para quem não pode esperar, a Mona El Tahawi (egipcia) não dorme, come, ou faz outra coisa que não twitar sobre as revoluções várias; e o Andy Carvin é o curador de tweets Líbios de dentro e fora do pais.


Finalmente, embora a situação por lá seja trágica e esteja longe de ser motivo para piadas, eu acho justo, e talvez até necessário, ridicularizar o jeito Kadafi de ser, e em particular a sua escolha de vestuario.

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