Sofá da Kelly, Chicago
go to Wabash and Lake
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* Após uma recente mudança de patrocinador corportativo, o nome correto do edificio em questão agora é Willis Tower, mas ninguem realmente usa o novo nome.
Viajando na maionese
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10/25/2009
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pessoas sem mais o que fazer
Está fazendo muito calor aqui em Chicago: 20 C. Deve ser o aquecimento global...
O encontro da SfN acaba de terminar. Cinco dias de pés e cabeça doendo, mas que valem a pena. Não postei muito nestes últimos dias porque sinceramente não havia muito sobe o que postar. O meu poster fez algum sucesso; a conferencia este ano está melhor do que no ano passado; eu estou me sentindo menos atordoado pela escala do evento desta vez.
Ontem durante o almoço fui com a Suzana e a Theresa almoçar dim sum em Chinatown, aqui perto. Dim sum é um tipo de refeição estilo brunch onde pequenas porções de iguarias chinesas a sua escolha são levadas continuamente para sua mesa, e consumidas acompanhadas de vastas quantidades de chá. Gostei tanto que voltei lá hoje.
Hoje vou ver se consigo visitar algum museu antes do horario de fechar, mas meus pés doem. Também é possível que eu tenha que me mudar, porque duas das minhas hosts estão se atracando em uma longa e bizantina briga a respeito de quando, se e de que maneira a nossa presença lá deveria ou não ter sido melhor coordenada. É na verdade uma discussão complicada demais para descrever aqui (prefiro me ater a temas mais simples e de resolução mais fácil, tais como conflitos no Oriente Médio, neurociência e topologia). De qualquer maneira, devo ir para a casa de um estudande de cinema especializado em documentários.
Para terminar, alguns prédio interessantes. O primeiro é uma cadeia, situada de forma bastante inusitada no centro comercial da cidade. Felizmente ninguem achou que minhas fotos faziam parte de algum plano de fuga.
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10/21/2009
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pessoas sem mais o que fazer
... é o que supostamente significa o termo 'Chicago', na lingua dos indios locais quando os colonizadores europeus se estabeleceram por lá (não digo homem branco porque o fundador da cidade era negro). Apesar de alguns infortunios* ocasionais, a cidade cresceu em tamanho e importancia, até um incendio queima-la por completo em meados do seculo XIX (uma vaca local foi falsamente considerada culpada pela tragedia, até ser absolvida postumamente na década de 90). Os locais aproveitaram a oportunidade para inventar os arranha-ceus, iniciar uma tradição de arquitetura arrojada, e reestabelecer a a cidade em um grid cartesiano de ruas.
O resultado é que Chicago é uma cidade muito interessante (e facil) de se andar a esmo, apreciando os variados e interessantes edificios do distrito central; mas correndo o risco de cair em um bueiro, trombar em um poste ou desenvolver torcicolo.
Depois de meu periplo em Houston, cheguei na casa da Carolina (minha host de couchsurfing) já tarde na 6a. Na manhã seguinte, ela nos deu carona (digo nós poruq há uma outra brasileira participante do congresso da SfN hospedada na casa dela) até o local onde ocorre o evento. O McCormick Olace é o maior centro de convenções doe EUA, e não sabiamos para qual de suas cavernosas unidades deveriamos nos dirigir. Pensamos inicialmente que deveriamos entrar em uma enorme fila que dobrava o quarteirão em torno de um dos pavilhões. Mas a profusão de violões, tambores e implementos musicais variados, e a ausência de tubos para posteres, sugeria o contrário (descobri mais tarde que estes eram os participantes de algum show de calouros local). No pavilhão correto, a conferência foi aberta por dois mágicos profissinais, que deram uma demonstração prática de como a atenção humana funciona, e como ela pode ser enganada (um deles, Apollo Robbins, certa vez trocou o conteudo das carteiras e roubou os distintivos dos agentes do serviço secreto que protegiam Jimmy Carter).
O restante do dia foi menos lúdico, mas muito bom academicamente (talvez porque eu estou me sentindo menos perdido este ano, achei este congresso melhor do que o do ano passado). Não tive tempo de fazer turismo, mas chegando aqui organizamos um mini-festival de filmes de terror, consistindo do REC (filme de zumbi espanhol excelente), seu remake americano (reproduzido quase cena por cena, mas bastante inferior), e um terror trash genérico bastante esquecível (Saw 4,7 ou pi, sei lá).
No dia seguinte (hoje), o dia estava perfeito, com ceu azul (raridade em Chicago) e temperatura em níveis sensatos. Depois da primeira palestra do dia, dei uma escapulida e fui andar um pouco. Serendipicamente, passei na frente do Instituto de Arte de Chicago, e não pude deixar de entrar, para ver a sua enciclopédica coleção. Museus de arte têm personalidades bastante distintas, mas as suas descrições constumam ser bem parecidas ('os Monets são impressionantes... A coleção renascentista merece uma visita...'), então não vou entrar em detalhes, exceto para notar que a visita vale o salgado preço da entrada (US$18).
Voltei ao Neuroscience, assisiti palestras, peguei freebies vários com os expositores, perdi e achei o celular pré-pago que comprei por aqui. Já anoitecia, e, assim como fiz em Londres, sai em caminhada noturna. De forma absolutamente típica, o que deveria ser um passeio rápido se transformou em uma marcha percolativa de 3 horas de duração. Os pontos altos foram o Milennium Park (com diversas instalações a céu aberto iluminadas, incluindo o feijão prateado gigante mostrado acima), e o mirante da torre Hancock, com uma vista espetacular da cidade iluminada e do lago Michigan (e um audioguia narrado pelo David Schwimmer, o Ross do Friends, e nativo da cidade).
Amanhã apresento o poster.
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* E.g. o massacre dos habitantes pelos indios cebolofilos (estimulados pelos ingleses), e o fato de muito da cidade originalmente ter sido construida em um lamaçal)
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10/19/2009
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Eu perdi a conexão de 7:30 da manhã para Chicago por uma questão de poucos minutos (maldita livraria...). Tudo bem, eu pego o próximo, pensei. Vôos para Chicago saem daqui o tempo todo, e a Continental não cobra adicional...
O modelo atual de aviação americano exige que todos os aviões decolem praticamente lotados. O que significa que, entre overbooking, atrasados e pessoas que compram diretamente uma vaga na lista de espera (uma pechincha para aquelas pessoas de temperamento budista), conseguir um assento não é trivial. Até conseguir uma reserva firme para 15:45, o meu dia consistiu em verificar de qual terminal sairia o próximo vôo para Chicago, e me dirigir até lá através de alguma combinação de escada rolante, trem intra-terminais, e caminhada. Após todos os passageiros titulares embarcarem, eu esperava (em vão) que o meu nome fosse chamado, tal qual um orfão rejeitado em filme da sessão da tarde, e mais de uma vez perdi o assento para velhinhas e velhinhos esbaforidos, descarregados na última hora pelos carrinhos elétricos que circulam entre os termnais do aeroporto. Que são, A, B, C, D e E, dos quais conheci todos, exceto o D. Quem sabe na volta...
Apesar da descrição um tanto kafkaniana (a diferença, obviamente, foi que a minha situação era completa e comprensivelmente minha culpa), não tive um dia desagradavel. Eu não era o único viajante com destino a Chicago condenado ao limbo aeronáutico , e em nossas peregrinações conjuntas de um terminal ao outro acabamos batendo um papo demorado, e ocasionalmente interessante. Havia a organizadora de eventos que cruza os EUA diversas vezes toda semana; o economista desmpregado casado com uma Belo Horizontina; um casal aposentado, ele dentista, ela aeromoça, a caminho de um jogo de futebol americano; o vocalista e baterista de uma banda de soul ou jazz, cujo atraso levou ao desespero uma senhora (agente?) um tanto perúica com vários metros cúbicos de spray aplicados nos cabelos; e mais alguns viajantes mais indistintos na memória.
Últimas observações sobre o 'George W. H. Bush Intercontinental Airport', enquanto nao embarco:
- A espera aqui é mais confortável do que nos aeroportos brasileiros. A variedade de lanchonetes, lojas e livrarias é impressionante.
- Não é dificil se locomover, mas os carrinhos elétricos são um tanto irritantes, conduzidos aos berros por motoristas talvez bem humorados demais, e ameaçando a toda hora atropelar os pedestres.
- Fazer piada sobre os procedimentos de segurança dá cadeia, segundo os anuncios do alto-falante.
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10/16/2009
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10/16/2009
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