sábado, 11 de julho de 2015

Sandman Signature Hotel, Newcastle
Na sombra do colosso

Da sela de sua montaria, ele avista ao longe o seu objetivo. E agradece sem palavras o mágico intrumento preso a sua cintura, que o guiara até lá sem erro. Mas tal auxílio já não era mais necessário; qualquer um em todo o vale não precisaria de mais do que seus próprios olhos para saber onde encontrar o Colosso.

Ao longe o Colosso se erge, maior que o mais alto dos mortais. Maior que uma casa, maior do que uma árvore. Mas só aos poucos o seu verdadeiro tamanho se revela. Um monte de terra se mostra uma colina,

Não, isto não é fan fiction do clássico jogo Shadow of the Colossus. O protagonista sou eu em Newcastle (onde cheguei ontem a noite), indo visitar uma inusitada escultura situada a alguns quilômetros ao sul da cidade. O chamado Angel of the North saúda os motoristas vindos do sul, e se tornou o cartão-postal extra-oficial da cidade. Normalmente, esculturas antromórficas monumentais se situam entre o intimidador e o ridículo (ou, na Coreia do Norte, simultaneamente nos dois extremos). Mas alguns casos, como o Anjo, ou o Cristo no Rio, no equilíbrio enre abstração e representação, conseguem ser efetivamente reconfortantes.



Passei uma hora agradável lendo sob sua sombra, e voltei para a cidade. Encontrei inesperadamente pelo caminho a estrada de ferro de Tanfield, a mais antiga em existência no mundo (1725!). Seguindo o seu curso, voltei para a cidade, e para o trabalho.

Estou aqui em Newcastle para uma semana um tanto intensa de colaboração científica com a equipe do Marcus Keiser. Vou dar alguns seminários, e vamos discutir maneiras de tornar locais as leis de escala que obtivemos para a girificação dos cérebros de mamíferos. Depois parto de bicicleta para o oeste, seguindo a linha da muralha de Adriano até Ravenglass.

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PS: Para quem o primeiro parágrafo deste post é totalmente incomprensível, eis do que eu falo:


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