segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Hotel Natura, Peulla, Chile
Barreiras alfandegárias



Sai hoje bem de manhã de Bariloche, para fazer Cruce de los lagos até Port Montt no Chile. A ideia é atravessar os Andes de barco usando os lagos glaciares dos dois lados da fronteira, com ônibus ligando um lago ao outro. É um passeio que leva 12 horas ao todo, passando por algumas paisagens bastante espetaculares. Vim com a Yérali, uma venezuelana que também participou do CSSS (e certa vez hospedou o Richard Stallman em Caracas); em Port Montt vamos nos encontrar com outros CSSSeiros que fizeram a rota mais convencional, montanha acima, de ônibus (que tomaremos na volta, amanhã).

A fronteira entre Argentina e Chile por aqui corre exatamente onde as aguas se dividem no Andes. Do lado argentino, elas correm para o Atlântico. Do chileno, para o Pacífico. De ambos os lados, a região é protegida em parques nacionais. Após duas permutações de ônibus e barco, passamos embaixo do Tronador (a maior montanha da região, com uns 3000m de altura), e seguimos por uma trilha em uma rainforest de montanha (sei lá qual o nome disso, mas chove para caramba, e o mato cresce denso). A alfandega/migra é um prédio modesto, mas os chilenos são muito rigorosos a respeito do que deixam entrar no seu país. Spray de cabelo de potência industrial parece ser proibido, porque a diferença entre penteados por aqui e as armaduras capilares usados do lado que deságua no atlântico é radical. Infelizmente, alimentos também são proibidos... Os bastardos confiscaram um salame de cervo defumado que comprei em Bariloche. O chocolate passou, porém.

Paramos por algumas horas em uma cidadezinha chamada Peulla no meio da tal floresta, que tem 300 habitantes, 3^10^9 moscas, e algumas trilhas interessantes. Almoçamos frutos do mar no Natura, que muito civilizadamente tem wifi liberado. Vou tentar subir umas fotos, mas o ônibus que vai até o proximo lago vai chegar logo.

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