quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Casa, Rio de Janeiro
Uma historia em 6 curtas palavras

A Wired pediu a vários autores de ficção científica, projetistas de jogos, autores de quadrinhos e outros nerds em geral, que escrevessem historias de seis palavras. A lista completa pode ser encontrada aqui, mas transcrevo algumas das melhores abaixo:

Machine. Unexpectedly, I’d invented a time <== A minha favorita!
- Alan Moore

Computer, did we bring batteries? Computer?
- Eileen Gunn

Gown removed carelessly. Head, less so.
- Joss Whedon

Internet “wakes up?” Ridicu -
no carrier.
- Charles Stross

It’s behind you! Hurry before it
- Rockne S. O’Bannon

I’m dead. I’ve missed you. Kiss … ?
- Neil Gaiman

The baby’s blood type? Human, mostly.
- Orson Scott Card

Kirby had never eaten toes before.
- Kevin Smith
Help! Trapped in a text adventure!
- Marc Laidlaw

Por outro lado,

O Hitchhiker's Guide to the Galaxy, de Douglas Adams, é um dos livros mais divertidos que eu já lí. É também um dos programas de rádio mais divertidos que já ouvi. E agora, é um dos jogos de adventure de texto mais engraçados que já joguei.

A Infocom, famosa por seus adventures de texto ('>>pick up book' >>'go east'), colaborou com Adams para criar em 1984 o que muitos consideram um dos melhores e mais dificies jogos deste tipo já criados, alguns anos antes do gênero desaparecer frente aos adventures gráficos da Sierra e da Lucasarts. O jogo também era bastante inovador, com uma versão consultável do guia homônimo, com várias sacadas interessantes. Ele usava a interface de texto para de certa maneira trancender as limitações do formato.

Pois bem, descobri hoje que o HHG2tG também pode jogado no site da BBC, com uma interface ligeiramente gráfica. É difícil, e frustrante. Não só os puzzles são complicados e muitas vezes illógicos (estamos falando de Douglas Adams! O que esperavam, teoremas?!), mas também você morre o tempo todo, e as vezes tem que voltar vários savegames porque esqueceu de pegar algum objeto em uma cena anterior. Lembrem-se que o jogo for feito quando 640K era muito e os dinossauros dominavam a Terra. Interfaces gráficas eram para os fracos, e Monkey Island era ficção científica. Mas vale a pena, nem que seja pelo texto do Adams.

5 comentários:

Zecao disse...

Nossa nunca li tantos autores diferentes =)

|3run0 disse...

Escrevendo tese por 20 minutos. Surfando horas.

Bernardo Esteves disse...

Muito interessante o desafio. Isso é literatura potencial pura! Literatura potencial é aquela feita a partir de regras, ou contraintes (constraints em inglês), pra ser mais preciso. Essas restrições podem ser da natureza mais variada - desde escrever versos decassílabos com rimas ABAB CDCD EFE FEF, como num soneto, até escrever com a permissão de usar uma única vogal. Pra alguns, as regrinhas da literatura potencial permitem que a criatividade dos autores flua muito mais intensamente do que na escrita livre. E elas deram margem a uma gama muito legal de aplicações da matemática ao estilo literário. Chique!

A esse propósito, ver também um livrinho muito curioso chamado "Os cem menores contos brasileiros de todos os tempos", costuma ter naquela banquinha da Travessa pela qual você é obrigado a passar antes de pagar suas compras.

|3run0 disse...

Bernardo, sem dúvida! Me lembro daquela sua historia, 'A Bacanal', onde a única vogal era o 'a'.

Eu não sei se vc reconhece os nomes dos autores, mas entre eles se encontram vários grandes ídolos nerds.

BTW, em portugal eles chamam os 'constraints' de contrangimento. Me lembro de um congresso em Campos do Jordão em que o auditório veio abaixo quando um palestrante português falou sobre o 'constrangimento dos protões'

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