domingo, 28 de novembro de 2004

Cyber Games, Cabo Frio

Estou aqui em Cabo Frio para o fim de semana, com a Ceci & pais. Praticamos esportes radicais, como ir a praia, comer peixe frito e dormir. Pode não ser uma grande aventura, más é uma ótima terapia. A dona da barraca onde almoçamos é uma excelente cozinheira (para quem gosta de coisas bizarras, comi as ovas fritas do(a) peixe. Gostoso.). Depois do almoço, ficamos discutindo sobre receitas e temperos. Decidi que vou plantar um pouco de alfavaca.

Nada como um pouco de antropologia underground. Existe alguma conexão profunda entre sol & praia e música ruim & alta. Música ruim existe em qualquer lugar, mas só na praia ela é realmente apreciada (os habitantes locais não são mais ou menos propensos a gostar de porcaria; o que acontece é que os fãs hardcore se congregam na praia). Em outro lugares, as pessoas ouvem funk/axé porque estão entediadas/procurando sexo/embriagadas, mas por aqui seus apreciadores ouvem com atenção reverente enquanto cantam e dançam com uma desenvoltura que só a longa experiencia traz. O repertório não se limita ao ´bonde do Tigrão´ básico, e inclui vários grupos obscuros (mas igualmente ruins) do Brasil afora. Assim como os verdadeiros fãs de rock progressivo não consideram o Pink Floyd seu grupo favorito (preferindo algum grupo finlandês obscuro), os verdadeiros connoisseurs tem opiniões fortes sobre o que constitui o verdadeiro funk/axé, e discutem entre si os meritos relativos dos diversos grupos, bandas e bundas.

Chega de antropologia underground.

No Rio a minha vida esta meio atolada. Não consigo terminar algumas tarefas necessarias mas desinteressantes, e portanto não consigo começar outras mais interessantes. Argh...

Nenhum comentário: